2 de fevereiro de 2017

Ante às dificuldades, AGCIP recebe inusitado apoio

Proprietários da sede da entidade enviam advogado de Rio Preto, em apoio à permanência na casa; AGCIP havia notificado saída do imóvel

O último dia de janeiro reservou inusitada surpresa à AGCIP que, como toda entidade que se propõe a fazer cultura, passa por dificuldades.
Acompanhado do representante da Imobiliária Aleixo, Hélio Marco, Jesus Aparecido de Menezes, advogado e representante dos proprietários do imóvel onde hoje é sede da AGCIP, esteve em Monte Alto para pedir para que a entidade não deixe o imóvel – pelos custos mensais e ausência de projetos municipais no espaço, há o pensamento de entregar a sede – e a imobiliária já havia sido notificada sobre a situação.
A visita surpreendente seguiu, com as palavras do advogado: “Acompanho de longe os trabalhos de vocês e embora tenha procura para compra do imóvel, não há interesse em vender. É unânime entre os proprietários que vocês continuem no imóvel”, comenta Jesus.
“Precisamos manter alugado, claro. Mas é a segunda vez que venho aqui e a casa está bem cuidada; além disso, o trabalho cultural que vocês fazem não tem igual na região, nem em Rio Preto onde moro, nem em Olímpia onde fui advogado. Ouço, pela região, falar da AGCIP e falar bem”, ressalta.

Acordo
Em nome dos proprietários, o advogado fez propostas para que a AGCIP permaneça no imóvel que hoje ocupa e, assim, em Monte Alto, visto que há propostas de duas cidades da região para transferência, inclusive com cessão de sede.
Edemilson Sete, presidente da AGCIP, agradeceu a visita e a clara a preocupação dos proprietários, trouxe Jesus de São José Rio Preto.
“Hoje todas as entidades, independentes dos segmentos, passam por dificuldades, pois há uma cultura atrasada de que não precisam de recursos para se manter e de que todos os trabalhos tem que ser voluntários – o que é um grave erro: todos precisam de apoio, parcerias e gerenciamento técnico para cumprir com os objetivos previstos em suas finalidades”, destaca.
“Em Monte Alto, temos um segmento da sociedade que não valoriza a cultura e confunde as finalidades da AGCIP, fora que, há anos, não temos apoio do município”, completa Sete.
Sobre a mudança de gestão no Executivo, visto que os anos passados foram de marasmo, Sete está otimista: “o novo prefeito sempre foi um parceiro e acredito que agora essa realidade irá mudar. Há uma parceria boa iniciada recentemente com a Associação Comercial que só tende a só crescer, mas não posso garantir que a AGCIP fique em Monte Alto e ou mesmo nesse imóvel”, ressalva.
As ideias discutidas em reunião serão colocadas à diretoria, formada por membros de cidades da região, em fevereiro, para um retorno sobre a possibilidade de permanência na casa onde a entidade se encontra desde março de 2010.
“De qualquer forma, nos trouxe ânimo saber que há quem queira que fiquemos aqui em Monte Alto” complementa.
Já havia uma decisão, por conta dos custos, de se buscar uma sede mais “em conta” e de analisar, com carinho, as propostas das outras cidades para apoio junto à entidade.
“Em fevereiro teremos assembleia e essa pauta será abordada. Afinal, algum caminho a AGCIP terá que seguir”, conclui Sete, presidente da AGCIP.

Na foto, os advogados Jesus (óculos, representando os proprietários) e Hélio Marco (Imobiliária Aleixo)

 

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